Como humanos, tendemos a ter um fascínio por seitas e cultos, pois eles inicialmente atraem pessoas com ideais de uma comunidade utópica. No entanto, o que geralmente começa com um líder enigmático e carismático querendo unir um grupo de pessoas, muitas vezes se transforma em uma ditadura tirânica com consequências desastrosas. Muitas dessas seitas passam despercebidas por vários anos e até décadas, enquanto outras estão no centro da atenção da mídia e continuam a exercer influência sobre milhões de pessoas.
O mundo tem uma longa história de cultos aterrorizantes e horríveis que levaram as coisas "longe demais" - e continuam a nos chocar até hoje. Veja alguns deles:
A comuna foi fundada na Califórnia na década de 1960. Liderado por Charles Manson, o grupo acabou sendo responsável pelos assassinatos e agressões de várias pessoas.
Manson e seus seguidores eram aparentemente inspirados pela música dos Beatles, o que desencadeou seu plano de iniciar uma guerra racial e se preparar para um apocalipse iminente.
Também conhecido como Instituto para a Investigação da Felicidade Humana, o culto japonês foi fundado em 1986 por Ryuho Okawa, que realmente acredita que ele é a personificação humana de um ser supremo.
A seita é basicamente uma mistura de religiões mundiais, New Age hokum e nacionalismo de extrema direita. Ryuho Okawa chegou a fundar uma ala política, o "Partido da Realização da Felicidade".
As crenças mais duras do partido incluem negar que certas atrocidades históricas ocorreram e defender que o Japão entre em guerra com a China e a Coreia do Norte. Eles afirmam ter 12 milhões de seguidores em todo o mundo.
Fundado em 1955 por Jim Jones, o Templo do Povo dos Discípulos de Cristo ganhou seguidores ao se promover como um movimento religioso ligado ao Cristianismo.
A igreja foi fundada por Fred Phelps em Topeka, Kansas, EUA, e é conhecida por crenças extremistas e protestos provocativos que visam caluniar e desrespeitar os outros.
Eles viajam pelo país fazendo manifestações em funerais militares e realizando protestos contra homossexuais. Amplamente conhecida como um grupo de ódio, a igreja acredita que Deus odeia homossexuais, políticos, soldados e outras organizações religiosas.
O grupo começou em 1972 no Tennessee, EUA, como um desdobramento de um grupo de oração adolescente que se separou de sua igreja presbiteriana. Desde então, eles ganharam presença internacional.
Entre as coisas que ensina, a seita Doze Tribos afirma que os judeus foram responsáveis pela morte de Jesus Cristo. Essa seita foi acusada de explorar seus filhos para trabalho escravo e de sonegação de impostos.
Anteriormente conhecida como United Nuwaubian Nation of Moors, essa seita gira em torno do líder Dwight York, que convenceu as pessoas de que alienígenas estavam chegando e que os humanos deveriam se preparar para uma batalha contra Satanás.
Possivelmente um dos cultos mais malucos de todos os tempos, a Church of God with Signs Following (Igreja de Deus com Seguintes Sinais, em tradução livre) também é conhecida como "manipuladora de cobras".
Eles acreditam que as cobras são uma manifestação de demônios, então eles pegam os animais e os deixam deslizar por todo o corpo como uma demonstração de sua fé.
O Perigo do Fanatismo Religioso:
Quando a Religião é Usada para o Mal
Resumo
Introdução
Fanatismo Religioso: Conceito e Características
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Dogmatismo intransigente: incapacidade de dialogar com outras visões de mundo.
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Demonização do outro: o diferente é visto como inimigo ou herege.
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Obediência cega a líderes religiosos: frequentemente associada a seitas e movimentos totalitários.
Religião Usada para o Mal: Exemplos Históricos e Contemporâneos
A Religião e a Ética da Alteridade
Discussão
Conclusão
Referências
Atividades Pedagógicas
10 atividades pedagógicas e lúdicas sobre o tema “O perigo do fanatismo religioso e quando a religião é usada para o mal”, adaptadas para o Ensino Fundamental e em conformidade com o Artigo 33 da LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que garante que o ensino religioso deve ser de caráter não confessional, respeitando a diversidade cultural religiosa e vedando qualquer forma de proselitismo.
As atividades serão voltadas à reflexão ética, respeito à diversidade, convivência pacífica e senso crítico.
Atividades Pedagógicas e Lúdicas:
1. Roda de Conversa: O que é Respeito?
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Objetivo: Identificar a importância do respeito às diferenças religiosas.
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Atividade: Sentados em círculo, cada aluno compartilha uma situação em que precisou respeitar alguém diferente. O professor conduz para mostrar como isso se aplica também à religião.
2. História em Quadrinhos Coletiva
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Objetivo: Refletir sobre o uso positivo e negativo da religião.
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Atividade: A turma cria uma HQ em grupos: em uma parte, a religião é usada para ajudar; na outra, é usada para excluir. Depois discutem as diferenças.
3. Jogo da Empatia
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Objetivo: Desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro.
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Atividade: Em cartões, o professor escreve situações (ex.: “Um colega não comemora a mesma festa que você”). Os alunos sorteiam e explicam como reagiriam de forma respeitosa.
4. Dinâmica do Balão do Fanatismo
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Objetivo: Mostrar como o fanatismo “estoura” relações sociais.
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Atividade: Cada grupo enche um balão escrevendo dentro dele atitudes de intolerância (ex.: “não aceitar o diferente”). O professor estoura os balões e conversa: o que acontece quando o fanatismo cresce demais?
5. Linha do Tempo da Paz e da Intolerância
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Objetivo: Compreender que a religião pode ser usada para o bem ou para o mal na história.
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Atividade: Construção coletiva de uma linha do tempo em cartaz com exemplos de momentos de paz (ações solidárias) e de intolerância religiosa (guerras, perseguições).
6. Teatro das Diferenças
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Objetivo: Refletir sobre situações de intolerância.
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Atividade: Em grupos, os alunos encenam pequenas histórias: uma mostrando atitudes intolerantes e outra mostrando a mesma situação resolvida com respeito.
7. Mural da Diversidade Religiosa
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Objetivo: Valorizar a pluralidade de crenças.
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Atividade: Cada aluno traz imagens ou símbolos de diferentes religiões e formas de espiritualidade (sempre sem proselitismo). Montam juntos um mural colorido intitulado “Somos Diferentes, mas Andamos Juntos”.
8. Jogo da Memória Ética
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Objetivo: Associar atitudes ao respeito religioso.
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Atividade: Cartas com pares: de um lado, atitudes negativas (ex.: zombar da fé alheia); do outro, atitudes corretas (respeitar, dialogar). Os alunos jogam em duplas.
9. Oficina de Palavras da Paz
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Objetivo: Criar consciência sobre linguagem e convivência.
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Atividade: Em cartolinas, cada grupo cria nuvens de palavras com expressões que promovem paz, diálogo e respeito. Depois, fixam na sala como lembrete coletivo.
10. Debate Regrado: Fanatismo X Respeito
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Objetivo: Exercitar argumentação e pensamento crítico.
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Atividade: A turma se divide em dois grupos: um expõe exemplos de fanatismo e outro apresenta alternativas baseadas no respeito e diálogo. O professor media garantindo clima de cooperação.
Observação Metodológica
Todas as atividades:
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Devem respeitar o Art. 33 da LDBEN: caráter não confessional, sem privilegiar uma religião específica.
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Focam em valores universais: respeito, alteridade, convivência pacífica e pensamento crítico.
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Podem ser adaptadas de acordo com a faixa etária (do 6º ao 9º ano).
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