ATENÇÃO PROFESSORES (AS) QUE LECIONAM A DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO:

Se você realizou alguma Atividade Pedagógica ou Projeto de Trabalho nas suas aulas de Ensino Religioso e gostaria de publicar aqui neste blog, envie-nos um relatório descritivo do passo a passo do que foi feito e anexe fotos e vídeos curtos de até um minuto. Não esqueça de identificar-se e autorizar por escrito a publicação, bem como identificar a sua escola no cabeçalho do seu relatório. Também é importante que você obtenha uma autorização escrita dos pais ou dos responsáveis legais dos (as) estudantes para a divulgação de voz e imagem. Envie para: jorgeschemes@yahoo.com.br - Cordialmente, Jorge Schemes – Editor do Blog.

Intolerância Religiosa e Tráfico: Violência em Nome de Deus!

De acordo com a Comissão Permanente de Combate às Discriminações e à Intolerância da Alerj, 177 denúncias foram feitas nos anos de 2019 e 2020.

Objetos e esculturas foram quebrados pelos criminosos, que deram ordem para fechar o espaço religioso, em funcionamento há 50 anos - Reprodução do Facebook


Casos de intolerância religiosa são comuns no país, mas no Rio têm uma característica que chama a atenção: o envolvimento de traficantes evangélicos em perseguições, principalmente a praticantes de religiões de matriz africana. A situação é tão preocupante que uma CPI está apurando os casos. De acordo com a Comissão Permanente de Combate às Discriminações e à Intolerância da Alerj, 177 denúncias, entre agressões e ameaças, foram feitas em 2019 e 2020. 

As denúncias mais recentes são de comunidades Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-Pau, na Zona Norte do Rio, onde traficantes formaram o chamado "Complexo de Israel". Segundo a CPI, traficantes evangélicos que exibem nestas localidades a estrela de Davi e a bandeira de Israel, proíbem os cultos de umbanda e candomblé, fecham terreiros e ameaçam os fiéis. Trata-se de uma característica específica dessa facção, chefiada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão. 

De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), de 2018 a 2020, crimes de intolerância religiosa chegaram a 26% das ocorrências registradas na especializada, sendo 3% ligadas a questões envolvendo o tráfico.

No ano de 2020, o Instituto de Segurança Pública (ISP) contabilizou 23 casos de ultraje a culto religioso em todo o estado do Rio de Janeiro. O número é um pouco menor que o de 2019, ano pré-pandemia do coronavírus, em que 32 casos foram registrados. No total, as delegacias da Secretaria de Polícia Civil fizeram 1.355 registros de ocorrência de crimes que podem estar relacionados à intolerância religiosa em 2020, ou seja, mais de três casos por dia. 

De acordo com a Comissão de Discriminação da Alerj, 176 terreiros fecharam as portas por ação do tráfico até setembro de 2019. Segundo levantamento do Ceplir (Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos, da Alerj), de setembro de 2019 a novembro de 2020, o total de terreiros atacados e expulsos pelo narcotráfico foi de 97 no município de Duque de Caxias, 58 em Campos do Goytacazes, onde dois pais de santo foram assassinados, 12 no município de Nova Iguaçu e 10 em São Gonçalo.

Fonte: O Dia

NOTA DO EDITOR:

O que mais me chamou atenção nessa matéria foi a expressão "Traficantes Evangélicos". Esse termo é novo para mim e se trata de uma grande contradição semântica. Fica evidente que o crime organizado usa a religião e se apropria de expressões sacras tornando o sagrado comum, para justificar seus crimes e lavar seu dinheiro sujo de sangue.